IEDA ESTERGILDA DE ABREU




No mês da mulher, editora Urutau relança "Grãos, poemas de lembrar a infância", de Ieda Estergilda de Abreu

Publicado pela primeira vez em 1984, o livro "Grãos, poemas de lembrar a infância", de Ieda Estergilda de Abreu, ganha a segunda edição pela editora Urutau. 

Ao apresentar as percepções de uma mãe de dois filhos há quase 40 anos, a obra é um convite aos leitores para refletir sobre o que é o turbilhão de emoções e desafios da parentalidade também nos dias atuais.

Sensível e atenta aos desafios da maternidade, Ieda coloca em sua poesia o vital, o pulsar da vida prometida, encanto e desencanto, memória e esquecimento, os desafios reais que toda mulher, seja no passado, presente ou futuro em igual situação enfrentam.


"a filha é bela, a vida é difícil, o país é difícil

a filha ri nos anos de infância.


o salário é baixo

a filha é bela

a vida nem tanto.


o mar está longe, o gozo está longe

o dia pesou no corpo inteiro

e exige o sono

a vida exige o sangue

mas a filha é bela, rimos com ela

enquanto a comida na mesa 

espera

enquanto a vida lá fora

é fera."


“Não planejei escrever um livro sobre a infância”, diz Ieda, que é natural de Fortaleza (CE), mas vive em São Paulo desde 1974. 


“Escrevi a maioria dos poemas após o nascimento dos meus dois filhos, motivada pela maternidade, pelo fenômeno do crescimento e também pelas dificuldades de ter e criar filhos no mundo de hoje”.


O lançamento presencial de "Grãos, poemas de lembrar a infância" ocorreu no dia 30 de março no Antiquário Bar&Café, localizado na rua Guimarães Passos, 17, Vila Mariana. 

Na ocasião, a atriz Lou Calheiros leu alguns poemas de Grãos.


Sobre Ieda Estergilda de Abreu: Poeta, cronista, jornalista, bacharel em direito, Ieda publicou também  Mais "Um livro de Poemas," "A Véspera do Grito" e" O Jogo do ABC."

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