ALFREDO FRESSIA

ALFREDO FRESSIA



Conheci o poeta uruguaio Alfredo Fressia fortuitamente lá pelo ano de 1999.
Eu estava num sábado pela manhã com o Vicente Cechelero na Livraria Duas Cidades.
E lá os dois poetas entabularam conversa em castelhano.
E eu fiquei fuçando alguns livros.
Uma porque não me aventuro a perpetrar nenhuma língua.
Embora neto de espanhóis de Córdoba.
Depois, em 2001, encontrei-o, mais uma vez,  fortuitamente, e o reconheci no restaurante APFEL,
onde eu ia almoçar quase sempre, ali na Dom José com a Barão de Itapetininga.
Isso em face de meu trabalho como corretor de seguros.
Naquele dia almoçamos juntos e lhe dei o meu livro Contos de Arrabalde.
Semanas mais tarde recebi em minha residência um cartão postal  com alguns dizeres sobre o meu mal ajambrado primeiro livro.
Abaixo alguma coisa do que ele diz:

´Wilson, recebi seus belos Contos de Arrabalde.
O título me fez lembrar do Arrabal Amargo... de Gardel
Mas seus contos são mais centrais que de arrabalde, não é?
São do arrabalde da consciência ao ponto de chegar a des-narrar um conto ( A manchete que não saiu no jornal)... Esse conto é magnífico... E todos os outros são muito bons... Além de não caírem na armadilha da cor local.  E não só por serem paulistas, cariocas, mineiros... É mais pelo arrabalde de consciência de que te falo... Wilson, não sabia que você era mestrando em Educação. Nada melhor do que um artista para tirar a educação do marasmo... E que artista!...´
Um abraço do Alfredo...

Aproveito a oportunidade para agradecer as suas palavras.
Lancei o livro sem nenhuma intenção.
Joguei umas sementes estéreis e vejo que venho colhendo alguns frutos.
Lembra-me tudo isso um recorte de uma fala de Walter Benjamin -- sobre as videiras.
PS. Já me encontrei outras vezes bem rapidamente com Alfredo Fressia lá pelos lados do Mosteiro de São Bento.
Eu como estudante de grego e latim; ele como professor de francês. 

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