JOCENIR


JOCENIR



Conheci o Jocenir em 2002, na Rua Barão de Itapetininga.
Ele estava vendendo essa saga que ele escreveu.
Eu costumava circular muito pelo centro de Sampa.
Ia a sebos, livrarias e também para captar a artéria dessa megalópole muito louca e contraditória.
Jocenir é um cara muito bacana e inteligente sim.
Articulado na fala.
Não foi um fenômeno passageiro e nem será.
Ele tem mil e uma noites de masmorra ainda para nos contar.
Li esse seu livro de uma sentada.
Recordo-me que lhe falei que iria participar da Bienal de 2002, e ele nem sabia.
Notem a incompetência de nossos editores.
Imediatamente liguei para a editora pela qual eu estava lançando o meu segundo livro, e propus que ficasse comigo.
A resposta foi lacônica: não!
Eu vejo nisso um preconceito, mas deixa pra lá.
Mas urdi de imediato uma jogada
e o levei para UBE, que ficava ali na própria Barão. 
Resumindo: estivemos juntos na Bienal, tiramos fotos juntos, tomamos café, Conheci os seus camaradas, o seu filho etc.
Eu andei sumido e ele também.
Mas sei que a amizade sincera sempre ficará.
Podem esperar que ele deverá logo, logo, vir com um grande livro. 
É escritor dos cadafalsos. 
É maravilhoso.
A mídia o perseguiu certa época em busca de entrevista.
Levei certa vez esse livro na escola.
Os boys adoraram.
Depois tive que me pirulitar com o livro.
Quem disse que criança não gosta de leitura?
Mas vai dar pra eles Diário de um Detento?
Só eu mesmo que não regulo bem dos parafusos.






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