DIAS CAMPOS
Estou sorvendo estrelas!
Reza a lenda que o monge beneditino Dom Pérignon, tesoureiro da abadia de Hautvillers, ao descobrir, por acaso, o champanhe, teria dito “Estou bebendo estrelas!”
Pois posso afirmar que no almoço de sábado passado, se não bebi dessas estrelas, com certeza sorvi de outras, e tão divinas quanto! É o que explicarei.
É fato que, em muitos casos, as grandes descobertas surgem por mero acidente. – Que também o digam os flocos de milho da Kellogg’s!
Outras vezes, porém, um simples capricho pode ser o responsável pelo nascimento de algo tão gostoso, que logo conquistará uma infinidade de pessoas.
Como exemplo, contarei esta curiosidade que ouvi em um programa de rádio, quando dirigia a passeio.
Dizia o locutor que, na década de 1990, certa socialite– não me lembro, agora, se de São Paulo ou do Rio – foi jantar em um restaurante badalado da capital.
Ao terminar o prato principal, e como não estivesse a fim de provar nenhuma das sobremesas que constavam do menu, resolveu pedir ao chef, que era seu amigo, uma combinação que ela mesma acabava de imaginar.
Primeiramente, ele deveria bater no liquidificador meia fatia de mamão papaia com uma bola de sorvete de baunilha.
Depois, que ele derramasse sobre a mistura um pouco de creme de cassis.
Voilà! Estava criado o Creme de Papaia com Cassis.
O resultado, como sabemos, caiu tão bem ao paladar, que essa criação logo se espalhou pelos quatro cantos do território nacional.
E hoje, não há um único restaurante, bistrô, pizzaria, lanchonete, boteco ou padaria que não ofereça essa iguaria em seus cardápios.
Pois bem, em um determinado sábado, que coincidiu com o término do verão, minha esposa me felicitou com a notícia de que almoçaríamos feijoada; se bem que já sentisse o perfume que se espalhava pelo apartamento.
Só que para a feijoada ficar completa, perfeita, não poderá faltar a bebida que melhor a acompanha.
E lá fui eu para a cozinha preparar a famosa caipirinha. – Que fique claro: Nessa bebida tem cachaça. Se tiver vodca, chama-se “caipirosca”.
No preparo, prefiro o limão Taiti, a cachaça Espírito de Minas, e o açúcar refinado.
Ocorre que nem sempre temos o que preferimos.
Sendo assim, usei de outra aguardente, e aproveitei o açúcar que tinha sido comprado, o Demerara.
Como sou um formigão, e porque o Demerara não adoça tanto quanto o açúcar refinado, tive que despejar seis ou sete colherezinhas no copo para que o gosto ficasse do meu agrado.
E depois de ter colocado pedras de gelo suficientes, fui à mesa, onde me aguardavam quem mais amo, e todos os pratos que compõem a instituição nacional da feijoada.
Ah! nada como o almoço em família... O bate-papo fluiu gostosamente, a feijoada estava deliciosa, e a caipirinha superou minhas expectativas. – Como minha esposa não gosta muito dessa bebida, tive que tomá-la por inteiro, sem precisar oferecer. Oh! sacrifício...
Mas por ter exagerado nas colheradas, o que sobrou no fundo do copo foi uma expressiva quantidade de açúcar granulado embebido no que restava da caninha. – Esse fato só aparenta ser sem importância.
Depois de me fartar com três pratos de feijoada – sim, sou um bom garfo –, seria capaz de trocar o meu reino por uma fruta que me ajudasse na digestão.
E adivinha, leitor amigo, qual a fruta que minha esposa tinha separado? Acertou se pensou em mamão papaia.
Mas assim que ela me serviu a sobremesa, fui tomado por um desejo súbito de inovar, tal como aconteceu àquela socialite.
Daí que olhei para aquele meladíssimo corpo de chão...
Pois não tive dúvida: Peguei o copo e despejei todo o conteúdo sobre a fatia de papaia.
E experimentei...
Amigo leitor, se você não é abstêmio nem tem reservas quanto a uma boa cachaça, aconselho-o a provar dessa minha criação. Eu garanto que, assim como eu, você também sorverá estrelas!
Biografia.
1º LUGAR no Concurso Literário Virtual, promovido pela Academia de Letras e Artes de Paranapuã – ALAP, 2020; Honra ao Mérito, concedida pelo Programa Dançando a Poesia, 2020; Benfeitor das Ciências, Letras e Artes, título conferido pela Real Ordem dos Cabaleiros Sarmathianos, 2020; Agraciado com a Medalha Mérito Acadêmico e com o Diploma de Mérito Cultural e Social, ambos conferidos pela Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes – FEBLACA, 2020; Merecedor do Certificado Machado de Assis, conferido pelo Núcleo Acadêmico de Cultura, Letras e Artes do Brasil – NACLAB, 2020; Agraciado com a Medalha Princesa Isabel A Redentora, conferida pelo Conselho Internacional dos Acadêmicos de Ciências Letras e Artes e pela Confederação de Ciências Letras e Artes do Brasil – CONCLAB, 2020; Autor Literário com Comprovada e Importante Atuação nas Artes Literárias Brasileiras, certificado pela Litteraria Academiae Lima Barreto, pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, pelo 1º Colegiado de Escritores Brasileiros e pela Pauta Literária BrLetras, 2020; Destaque Literário 2020, concedido pela Mágico de Oz; Embaixador da Literatura, título concedido pela Corte Brasileira de Letras, Artes e Ciências - COBLAC, 2020; Ambassadeur Honneur et Reconnaissance aux Femmes et Hommes de Valeur, título concedido pelas Luminescence Académie Française des Arts, Lettres et Culture – Literarte, 2020; Destaque Cultural 2019; Destaque Social 2019; Embaixador da Paz; e Comendador da Justiça de Paz, com a Comenda Internacional Diplomata Ruy Barbosa “O Águia de Haia”, os quatro títulos conferidos pela Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos – OMDDH, 2020; Prêmio Internet Coblac – Corte Brasileira de Letras, Artes e Ciências, 2020; Destaque Literário no 33º, no 32º (2020) e no 28º (2018) Concurso Literário de Poesias, Contos e Crônicas, promovido pela Academia Internacional de Artes, Ciências e Letras a Palavra do Século 21 – ALPAS – 21; ganhador do Troféu Destaque na 7ª Edição do Sarau Musical Cultural, 2019; Menção Honrosa no Prêmio Nacional de Literatura dos Clubes – 2019; Selo Destaque do mês de agosto, conferido pelo site Vozes da Imaginação, 2017; autor do romance A promessa e a fantasia (Promise and fantasy), ambas as versões em Amazon.com.br, 2015; “Embajador de la Palabra”, título concedido pela Asociación de Amigos del Museo de la Palabra, 2014; 3º colocado no I Concurso de Crônicas da Academia Bragantina de Letras, 2014; ganhador do Prêmio Latino-Americano de Excelência, 2013; Medalha de Ouro no I Concurso Oliveira Caruso, 2011; vencedor do Concurso Mundial de Cuento y Poesía Pacifista, 2010; 3º colocado no II Prêmio Araucária de Literatura, 2010; autor do romance As vidas do chanceler de ferro, Lisboa: Chiado Editora, 2009; membro da Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes – FEBLACA; da Academia Internacional de Literatura Brasileira - AILB; da Confederação de Ciências Letras e Artes do Brasil – CONCLAB; Academia Mundial de Cultura e Literatura – AMCL; do Núcleo Acadêmico de Cultura, Letras e Artes do Brasil – NACLAB; da Academia Independente de Letras – Ail Ordem Scriptorium; da Academia Luminescense da Devoção as Artes e Letras – Sucursal Brasil; da Academia Caxambuense de Letras; da Academia Cachoeirense de Letras, da Academia Internacional de Artes, Letras e Ciências a Palavra do Século 21 - ALPAS 21, da Associação Internacional de Escritores e Acadêmicos, da Asociación de Amigos del Museo de la Palabra, do Movimento Poetas del Mundo, e da Revista Itinerário Imprevisto; Colunista do Jornal ROL; do (atual) site Cultura & Cidadania; do Portal Show Vip; e do (atual) portal Pense! Numa notícia; autor de diversos textos literários; autor e coautor de livros e artigos jurídicos.
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