12/10/2008
Eu sou ofusco tal como fosco fosse.
Sou refratário, sou sem som, sem brilho,
Como sem brilho, sem tom, também fosse
Este silêncio sem som, som sem brilho...
Eu som sem mim, sem vez, sem voz. Vocês,
Saibam: em todos meus livros eu me ilho.
Guardo todos os meus dons, versos doces.
Guardo todos meus cantos. Eu, meus filhos,
Bardo bárbaro epígono menor
Poeta decadente e degredado
Excomungado vate de saraus
E coquetéis, não sou o velho tenor
Que andado tem nas ruas e gritado
Cada verso que faço ou coisa e tal...

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