Gosto de falar das putas, dos bêbados
Dos desvalidos, dos punks e malditos,
De todos estes que temos gritado:
Podres, sujos, safados e ainda dito:
Escórias, marginais, desempregados...
Gosto de falar de todos que cito
E que agora comigo estão azarados
Pela má sorte do velho destino.
Não gosto de falar de condes, reis,
Ministros, damas e bem empregados.
Não gosto de falar destes safados.
Só gosto de falar dos que bem sei,
Dos que caminham pelas praças nus,
Dos que levam na pele chaga e pus.

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