Tempos de trevas e abismos

 Tenho alguns livros em casa e vejo, com o tempo, como aquilo que cultuávamos  avidamente acaba, por vezes, se perdendo. 


Falo de poesia, filosofia, literatura etc. 


Quando dizem que o tempo é o demarcador do que vai ficar ou não ficar, você pode acreditar. 


Nem tudo que é mainstream deve ficar. 


Aliás, o seu lugar é o mainstream e não o universal. 


Schopenhauer foi preterido pelos puxa-sacos de Hegel, a ponto de não ter quase ninguém para as suas aulas que emulavam com a chamada hegelharia nas palavras do próprio Schopenhauer.


Para mim, sinceramente, Hegel, com os seus Espíritos, não me convence; nem sob o olhar sinistro nem de destra. 


Hegel, para mim, é o defensor de um Estado tirano em sua filosofia. 


Alguém pode dizer de Schopenhauer, mas sinceramente não dá para comparar. 


Ler Schopenhauer é de uma clareza de céu de brigadeiro e Schopenhauer vai no ponto G. 


Se formos falar em Nietzsche então, é lamentável que quase morreu desconhecido e que todos os seus escritos e alguns viraram realmente rebotalhos nas mão de um editor que não o suportava mais. 


Agora eu pergunto: quem é esse tal editor gênio que não aceitava a genialidade de Nietzsche?


E eu novamente pergunto: quem? 


E pelo que me parece a hegelharia ainda não acabou e resiste em acabar.  


Ó TEMPOS DE TREVAS E DE ABISMOS!

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