VLADO LIMA

1 - Fale de você: onde nasceu? qual formação? onde vive? o que faz?

Nasci em São Paulo, filho de ogros pernambucanos. Morei sempre em SP, mas agora me escondo em Igaratá pra fugir da pandemia. Tenho uma estamparia, produzo alguns eventos artísticos e sou sócio de um pequeno selo editorial. Também tenho poderes intermináveis: não terminei o catecismo, o curso de datilografia, a faculdade de jornalismo e nem a facul de história.

2 - Quais são os seus escritores preferidos? Por quê?

Drummond, Maiakovski, Dostoiévski, Borges, Miller, Bukowski, Hammett, Jack Kirby e uma porrada de outros tantos.

Por quê? Identificação.

3 - Como é o seu cotidiano?

Acordo, como, cago, trabalho e às vezes faço sexo.

4 - Quantos livros publicou?

Três solos e uma porção de antologias mequetrefes.

5 - Quais foram as suas alegrias literárias?

Transei com algumas mulheres interessantes, fiz alguns amigos e dei umas boas risadas.

6- Quais foram as suas frustrações literárias?

Transei com algumas mulheres malucas, fiz alguns inimigos e perdi a oportunidade de dar umas boas risadas.

7 - Qual é o seu objetivo na literatura?

Ficar rico, transar com mulheres interessantes e influenciar pessoas.

8 - Você julga a escrita superior à oralidade? Por quê?

Sim. Sem a escrita algumas civilizações desapareceram ou ficaram no rodapé da história.

9 - Como você se organiza para escrever?

Me organizo no caos.

10 - Você quer ser reconhecido? Por quê?

Ser rico, transar com mulheres interessantes e influenciar pessoas.

11 - O que é um poeta ou um escritor?

Um abestado obsoleto sem lugar nessa porra de mundo analfabeto.

12 - Todo escritor é vaidoso?

Pra caralho.

13 - Como você lida com o fracasso?

Quando estou à beira do abismo sempre dou um passo à frente.

14 - Como você lida com o sucesso?

Sucesso de cu é rola.

15 - Qual é o autor contemporâneo que, de fato, você admira? Seja sincero (a). 

Reinaldo Moraes.

16 - Espaço aberto para sugestões de perguntas e palavras finais.

Não leve a literatura tão a sério. O mundo não precisa de escritores e poetas, o mundo precisa de plantadores de batata.