Do livro O CÉU ABERTO NA TERRA de Eduardo Coelho Morgado Rezende:
4.1 O Sincronismo e o Anticronismo no Tempo - Espaço da Morte no Capitalismo
Nessa crônica de Wilson Luques Costa, um motorista de táxi leva seu amigo
para ser enterrado no cemitério. O título da crônica Batendo Lata, é uma alusão
à gíria dos taxistas que, quando voltam sozinhos para casa, sem nenhum passageiro,
falam que voltaram batendo lata; no caso ele foi acompanhado do cadáver de Onofre
e voltou sozinho...´
Esse anticronismo mostra que se vivenciam várias temporalidades
sociais na metrópole, esse lento trajeto do enterro foi da Vila Ré
até o cemitério da Vila Formosa, porém o ritmo dominante
na metrópole é o ritmo de Caio de Alcântara Machado,
da fluidez, da circulação rápida, sem a presença da morte.
(PÁGINAS 137/138/139)
Tese defendida no departamento de Geografia da USP.
Teses e Dissertações
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências HumanasMestrado
O céu aberto na terra: uma leitura dos cemitérios de São Paulo
O céu aberto na terra: uma leitura dos cemitérios de São Paulo
na geografia urbana. Eduardo Coelho Morgado Rezende.
Dia 4 de novembro, às 14 horas. (2004)
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