03/12/2008

Eu sempre fui meio avesso à literatura chamada infantil. E a razão é simples: não fui criado, ao contrário da maioria de escritores e poetas, na ambiência de Monteiro Lobato etc. Aliás, nunca li Monteiro Lobato. Nunca assisti ao Sítio do Picapau Amarelo. Eu, como já relatei aqui, encetei o gosto pela leitura lá pelos vinte anos -- mais notadamente quando entrei para o curso de jornalismo. Na escola, sempre foi aquela coisa de pular as páginas de Gil Vicente, Eça de Queiroz, MA, e tantos outros que eu não conseguia ler. E é incrível como nunca me predispus a ler essas estórias infantis. Uma vez escrevi nesse blog: ´preciso me tornar uma criança para começar a ler Monteiro Lobato`. E eu acho que vem chegando o momento. E a razão é simples. A Raquel, por conta de atividades do budismo de Nitiren Daishonin, participou de uma olimpíada de leitura para jovens e crianças nesse último final de semana. E eu fui convidado para participar como jurado. Foi nesse último domingo. E por conta disso, fui ter com os livros, mesmo que rapidamente. Ou seja: fui ler o Pequeno Príncipe; li no sábado para os meus sobrinhos: Marcelo, martelo... Caloca e outros... E o fato é que me encantei com O Pequeno Príncipe. Li num formato de mão, que é sensacional. Só sei que na minha próxima garimpagem, haverei de trazer a tiracolo uma mancheia de livros infantis, que na verdade são muito mais instigantes que o seu próprio Nietzsche. Deveras, é agora perto dos cinquenta que volvi a ser criança. Não, senhores adultos...! Por favor, não me salvem!

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