Sem
anestesia
O periodontista quase que lhe arranca um molar vazado por uma chaga; recomenda-lhe tomar após a cirurgia de seis em seis horas algum analgésico.
Tímida e dissimulada a menina de olhos glaucos nem lhe reconhece no restaurante.
Para proteger a pesada cirurgia mastiga do lado esquerdo e faz bochechos com antisépticos bucais na impossiblidade de escovar os dentes.
No espelho mais uma ruga aflora em seu caminho.
No caixa-eletrônico seu saldo sempre apontando para o zero.
Acusa bilhetes, cartas, e-mails e advertências de supostos inimigos.
E ainda se pergunta: " por que inóspitos lugares ainda me visitam"
wilson luques costa
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