TESTEMUNHA DA CONTENDA ESPANHOLA





Foi lá pelos anos de 1970.

O Brasil havia derrotado os peruanos, se não lhe falha a memória (3x2).

Um gol de Riva (a patada atômica) - com certeza.

Era um domingo ensolarado.

Jogo terminado.

De repente, um alvoroço.

Um balão com uma certa dimensão cai.

Os mais afoitos engalfinham-se e rasgam o balão com suas sedas finas.

Um f.d.p ouve-se numa direção.

O que sofre a injúria retruca por pura inocência (um idiota - personagem de dostoiévski) - a briga se alastra.

Tijolos nas têmporas, narizes e dentes...

Sangue...

A terra vermelha amortece um machado afiado...

Dizem as más línguas que espanhóis são arrogantes, briguentos, arruaceiros, rabugentos...

Do embate das duas famílias - na dança flamenca - perdeu a de Madri - de maior número -- ao pai lhe apelidavam de ´porra maldita´: uma cortesã e oito bandidos - todos saídos daquele saco espanhol.

A outra - já de menor número e melhor estirpe - venceu - (dizem que de Córdoba - província advinda dos Mouros).

Moral da história: nem sempre quantidade foi sinal de agathogenia.





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