17/02/2012 

Postado no curso de Especialização em Filosofia da Unesp                               

Se tomarmos o sentido de moral como um bem a ser preservado para a preservação da vida, então poderemos entender a moral como uma virtude a ser visada.
O problema é determinar o que é o bem.
Pelo texto de Trajano, podemos compreender que o bem está mais em função do outro do que em função com o eu.
Todavia não é isso o que vemos nas inúmeras sociedades que se sucedem e se sucederam.
Aquilo que chamamos de moral está mais a serviço das individualidades do que das próprias comunidades estabelecidas como um todo.
Há no campo moral, ao contrário da tese de Trajano, a interdição do outro com a consequente criação de hábitos adversos à prática da virtude em benefício da imposição da culpa.
Não há no campo da moral uma universalidade, porque norteado por costumes e práticas de cunho não ético-filosófico.
A moral por ser costume é inerente e inseparável da vida social, isso ninguém lhe nega -- mas isso apenas não lhe satisfaz.
Uma moral sem uma visada em benefício do outro é menos moral e mais moralidade.
Uma moral sem alteridade é uma moral manca, para não dizermos no mínimo cega e toda cheia de si.
Toda moralidade, se a tomarmos nesse sentido seria imoral e vício; enquanto que toda moral, desde que visada ao outro, virtude.
Toda moral, portanto, seria práxis; desejo constante e ininterrupto de tornar o outro feliz.

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