Sobre o conhecimento  



Outro fator que julgo de imprescindível necessidade notar é que o conhecimento é um in fieri, um gignestai constante. A dependência dos sentidos faz com que o conhecimento sofra alterações e prolongamentos constantes. Tomemos um recém-nascido (Lockeano ou Piagetiano) onde a tabula rasa ainda se manifesta: como poderemos determinar a ação do objeto? Em que consiste uma letra `A´ em sua primeira visão? Nesse sentido, embora tenha para mim que à psicologia cabe esse estudo, podemos dizer que o `A´  proposto e reconhecido em sua primeiridade por uma determinada comunidade como a primeira letra do alfabeto nem sempre teria para a tal criança essa validade, se aquela não lhe for bem colocada. De maneira que o que mais intriga é o sistema de um determinado acordo prévio diante das manifestações empíricas. O acordo exigindo mais uma empatia do que uma racionalidade. E isso é manifesto em quase todo ou todo tipo de linguagem. É de estarrecer, deveras, como chegamos a acordos tácitos como que intuídos e como, depois de fazê-los, obrigamo-nos, depois, por uma racionalidade apoiada neles. É o caso das ciências e/ou epistemologias que acabam abominado todo tipo de intuição, colocando-a no limbo, muitas vezes, sem querer atentar para o seu auscultamento. Outra coisa também a verificar, em se tratando de conhecimento ecológico, é o valor semântico que há nos objetos em relação aos sujeitos. Nessa intersubjetividade, podemos dizer que o objeto ganha contornos semânticos na medida em que se amplia. Mas também devemos considerar que em se tratando de objetos antrópicos, deveríamos considerar a intenção do agente, nãos descartando é óbvio  a sua intersubjetividade. Por exemplo: o ´a´ é a primeira letra do alfabeto; se ela lembra alegria ou não a um sujeito cognoscente estaria mais no nível da interpretação semântica do que da sua validade como índice, símbolo ou qualquer signo. Já objetos naturais ou physicos seria quase impossível fixá-los, tomando nesse sentido o seu uso pragmático já que não sabemos para que existem, pois não nos falaram ainda de sua validade, como não sabemos se ainda vão nos falar pela ciência ou por um Deus ou deuses que joga ou jogam dados conosco e com aquilo que denominamos cosmos ou universo.         

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