29/12/2011
Falamos muito sobre `esse sujeito é conservador´, como sinônimo de 'ele não tem valor'.
Hoje, com a dissolução do manqueísmo esquerda/direita não sabemos o que querem dizer com conservadorismo.
É fácil rotularmos as pessoas.
Eu sou liberal em certas coisas e em outras não.
Nem por isso sou liberal ou totalmente conservador.
No plano moral é a mesma coisa.
Clinton era um tipo democrata-liberal.
Mas vocês se lembram da Mônica?
Bush era conservador mas era dependente do álcool.
Nelson Rodrigues era conservador e escrevia como um liberal da rua dos Andradas.
Machado era um sujeito de poucas palavras, uma porque tartamudeava e até já se suspeitou que capitu tenha sido um ato falho de sua parte.
Vejo homens da esquerda e poetas pós-modernos vibrarem com Pound que era tido como antissemita e até Nietzsche que era declaradamente misógino.
Digo tudo isso porque antes de julgarmos o valor de um pensamento, julgamos moralmente a pessoa.
Eu que não bebo atualmente não lerei então Bukowski?
Ou eu que não uso drogas não lerei Rimbaud ou Villon, Poe ou Charles Baudelaire?
Já percebi que o fato de eu receber elogios de Olavo de Carvalho descredencia o que penso.
E o pior é que ninguém se interessa em saber o por quê do panegírico do filósofo.
Pronto: se fosse de um homem de esquerda aí sim os meus estudos teriam valor.
O que mais intriga é esse julgamento precipitado até de supostos filósofos que teriam no mínimo o dever de saber do que estamos falando.
Não podemos revivenciar o não provei e não gostei.
Por favor, senhores scholars, não morram mais um vez abraçados com as suas vis ignorâncias.
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia
(Fernando Pessoa)
Hoje, com a dissolução do manqueísmo esquerda/direita não sabemos o que querem dizer com conservadorismo.
É fácil rotularmos as pessoas.
Eu sou liberal em certas coisas e em outras não.
Nem por isso sou liberal ou totalmente conservador.
No plano moral é a mesma coisa.
Clinton era um tipo democrata-liberal.
Mas vocês se lembram da Mônica?
Bush era conservador mas era dependente do álcool.
Nelson Rodrigues era conservador e escrevia como um liberal da rua dos Andradas.
Machado era um sujeito de poucas palavras, uma porque tartamudeava e até já se suspeitou que capitu tenha sido um ato falho de sua parte.
Vejo homens da esquerda e poetas pós-modernos vibrarem com Pound que era tido como antissemita e até Nietzsche que era declaradamente misógino.
Digo tudo isso porque antes de julgarmos o valor de um pensamento, julgamos moralmente a pessoa.
Eu que não bebo atualmente não lerei então Bukowski?
Ou eu que não uso drogas não lerei Rimbaud ou Villon, Poe ou Charles Baudelaire?
Já percebi que o fato de eu receber elogios de Olavo de Carvalho descredencia o que penso.
E o pior é que ninguém se interessa em saber o por quê do panegírico do filósofo.
Pronto: se fosse de um homem de esquerda aí sim os meus estudos teriam valor.
O que mais intriga é esse julgamento precipitado até de supostos filósofos que teriam no mínimo o dever de saber do que estamos falando.
Não podemos revivenciar o não provei e não gostei.
Por favor, senhores scholars, não morram mais um vez abraçados com as suas vis ignorâncias.
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