Jean Piaget, Heidegger e Descartes
Nas aulas de filosofia, tenho abordado Descartes e um pouco de Heidegger. Evidentemente que abordo sobre a vida de ambos e isso é menos uma biografia ostensiva do que uma pequena folha corida; procuro colocar invariavelmente problemas em Descartes e Heidegger e não tentar usar das conceituações chatas e aborrecidas, sobretudo em Heidegger. Em Descartes procuro demonstrar algumas contradições que já postei aqui, ou problemas que podem ser engendrados nos campos ético e moral (por exemplo na conceituação de existir, pensar etc) - já em Heidegger, também procuro demonstrar até que ponto o projeto estabelece-se; e aí para ambos tomo a teoria da Psicologia Genética de Piaget para arvorar-me na crítica que faço. Por exemplo, como uma criança no estágio sensório-motor pode praticar o Cogito, ergo sum, ou como pode engendrar um projeto ou um embate com o mundo nessa fase? Nesse sentido, é necessário definir se Piaget está certo em sua teoria ou se Descartes e Heidegger não atentaram para uma possível teoria (nesse caso para Descartes séc. 16/17) que iria abalar o conceito de capacidade para a razão. Nesse sentido, O Dasein heideggeriano neccessitaria de sua autonomia e enquanto fase sensório-motor seria simplesmente um objeto não existencial mas sim essencial, porquanto dependente de um projeto de seus tutores que lhe fariam um projeto de vida. Daí a essência nesse sentido preceder a existência, porquanto haver um projeto de seus pais e da própria sociedade.

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