Saturday, August 19, 2006


A velhice permeia a nossa pele.
Entra pelos dutos invisíveis.

Degenera-nos.

Mas não ligo.
Gosto dessa idéia de definhamento progressivo
step by step.
Porque nem sempre nos vemos.
O espelho não nos acusa o golpe baixo,
abaixo da cintura. Ó divina criatura!

Conhecemo-nos só de frente.
Já nossos inimigos de todos os ângulos.
Por todas as lentes.

O nariz adunco pela pele ínfima
que o osso recama. A hiperglicemia que nos vem solapando.
O arcabouço empena, mas insiste.
Resiste. Lembram-me T.S. Eliot
numa epígrafe: ´Ousarei comer um pêssego`...
Não doutor, é melhor tocar um samba, uma valsa, um rap
ou um chorinho bem brasileiro
...

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